Todo ano é a mesma coisa, o ano se inicia, começa a temporada de futebol, o carnaval passa. Mas, tudo realmente volta ao normal quando é dada a largada para o Mundial de Fórmula 1. E esse ano, a expectativa ainda era maior.
Mclaren-Honda MP4/5 de Ayrton Senna em 1989
Confesso que tenho uma sensação boa ao ver os novos carros (não por serem belos, o que definitivamente não o são), afinal eles me lembram os carros do final da década de 80. Foi a época em que eu comecei a acompanhar a categoria. Momento em que gênios como Senna, Prost, Piquet, Mansell, Patrese, Berger, entre outros, estavam nas pistas.
Quase nenhuma corrida terminava sem uma disputa espetacular. E não necessariamente o melhor carro vencia. O homem era o protagonista da Fórmula 1, sempre domando a potência dos espetaculares motores da categoria. Foi nessa época que me aficcionei pelo espetáculo. Paixão que não diminuiu mesmo com a primazia da tecnologia. Veio a era Schumacher e a categoria perdeu um pouco da graça. Mas, me pergunto ainda se não faltaram outros grandes talentos para competir com o alemão. Ainda acho que o segundo maior nome dessa era foi Rubens Barrichello, ao lado de Mika Hakkinen.
Rubens Barrichello em Melburne, Austrália, com a Brawn GP
Mesmo não tendo deixado de acompanhar a Fórmula 1, não consigo esconder a ansiedade para a prova de hoje a noite. Pneus slicks, mudanças aerodinâmicas, KERS e uma geração de grandes pilotos, me fazem ter essa grande expectativa. E tenho certeza que não me arrependerei.
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Obviamente, que a torcida de hoje vai em maior força para Rubens Barrichello. O piloto que sempre lutou muito nas equipes que passou tem um bom carro nas mãos. E o mais importante, não tem peso nenhum sobre as costas. A Brawn GP tem um carro muito bem acertado. A única dúvida que paira no ar é sobre sua resistência, afinal, foi a que menos testou.
Joguem suas fichas, mas, com moderação, porque esse ano promete trazer de volta o imprevisível para a Fórmula 1.